sexta-feira, 30 de novembro de 2012

                                                             Canto V de Os Lusíadas




Resumo
Ocorre a largada e a viagem pela costa africana, com o relato de várias regiões. Vasco fala de duas coisas importantes que presenciou: a tromba marítima e o fogo de Santelmo.

Aparece o gigante Adamastor, que se apresenta como o cabo das tormentas. Ele diz que é um dos gigantes que enfrentaram Júpiter na batalha pelo Olimpo. Os gigantes foram vencidos e transformados em pedra, mas Adamastor foi para o mar. Ele conta sua história, questiona as intenções dos portugueses e fala sobre seu amor por Tétis e o engano de que fora vitimado.

Segue a navegação até a chegada à Melinde, onde Vasco conta toda essa história ao rei local. Vasco faz um elogio aos portugueses por causa de sua lealdade e ousadia, inclusive dizendo que os portugueses são superiores aos heróis da antiguidade.

Camões retoma a palavra e observa a boa impressão deixada pela narrativa de Vasco. Faz uma crítica aos portugueses que não valorizam a poesia e o trabalho poético. Para ele, se os heróis portugueses não são conhecidos, é pela falta de alguém que conte suas histórias. Chama a atenção pelo fato de ele ser o primeiro a cantar as glórias de Portugal.

Foco narrativo
O Canto V do poema épico "Os Lusíadas" foi escrito em primeira pessoa:
(17) "Vi, claramente visto, o lume vivo“
Até entrar em cena o gigante Adamastor, o texto é narrativo. Depois, consiste de um diálogo indireto livre;
(41) "E disse - <<Ó gente ousada, mas que quantas."
(49) "Mais ia por diante o monstro horrendo
Dizendo nosso fados, quando, alçado,
Lhe disse eu: - <<Quem és tu? que esse estupendo"

Tempo

No canto V, o tempo é rigorosamente cronológico. A ação se desenrola de maneira contínua, desde a armada partir de Portugal até chegar a Moçambique
(30) "Mas, logo ao outro dia, seus parceiros,
Todos nus, e da cor escura treva,
Descendo pelos ásperos outeiros,
As peças vem buscar que est'outro leva,
Domésticos já tanto e companheiros,
Se nos mostram, que fazem que se atreva
Fernão Veloso a ir ver da terra o trato
E partir-se com ele pelo mato."


Espaço
A ação se processa nas embarcações da armada, nas ilhas Santiago e
São Tomé, costas da África, Cabo da Tormenta e Moçambique. O
oceano ocupa uma posição de destaque na narrativa. Seguindo a
tradição medieval, Camões não se preocupou muito em descrever
minuciosamente o espaço. Ao citar os lugares-comuns partilhados, o
poeta activa os símbolos que constituirão a referência espacial do leitor.
(8) "Passadas tendo já as Canárias ilhas,
Que tiveram por nome Fortunadas,
Entrámos navegando, pelas filhas
Do velho Hespério, Hespéridas chamadas,
Terras por onde novas maravilhas,
Andam vendo já nossas armadas.
Ali tomámos porto com bom vento,
Por tomarmos da terra mantimento."

Personagens
As personagens principais no Canto V são o narrador e o Gigante Adamastor. As demais (marinheiros , um  negro, negros, Fernão Veloso, Coelho, um etíope, etíopes, três reis do Oriente, um rei, pessoas que navegam  em batéis, Fernão Martins, povos de Mombaça) não desempenham importância significativa no episódio do  Gigante, razão pela qual não serão objecto de preocupação. O narrador do episódio, Vasco da Gama, procura descobrir onde está (26), não se intimida diante do gigante  Adamastor questionando-o (49). Roga protecção a Deus (60) e exorta os marinheiros (90/100). (49) "Mais ia por diante o mostro horrendo Dizendo nossos fados, quando, alçado, Lhe disse eu:- <<Quem és tu? que esse estupendo
Corpo certo me tem maravilhado!>>" O Gigante Adamastor é robusto, de grande estatura, rosto barbudo, olhos encovados, cabelos crespos boca  negra, dentes amarelos, membros grandes, voz grossa e horrenda (39/40). Revela que foi  aprisionado em virtude de seu amor por Thetis e lamenta seu destino chorando medonhamente (60).
(40) "Tão grande era de membros, que bem posso
Certificar-te que este era o segundo
De Rodes estranhíssimo Colosso,
Que um dos sete milagres foi do mundo.
C'um tom de voz nos fala horrendo e grosso,
Que pareceu sair do mar profundo.
Arrepiam-se as carnes e o cabelo
A mim e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo."
Camões coloca lado a lado uma personagem histórica e uma mitológica. Vasco da Gama agiganta-se diante
do semideus pelo seu destemor (não foge, questiona-o); Adamastor diminui-se diante do Capitão da
esquadra ao reconhecer-se prisioneiro de seu destino. É impossível deixar de notar como o poeta, através do
confronto de personagens tão singulares, ressalta o antropocentrismo. Ao homem a tudo é permitido, até
mesmo desafiar um semideus.
É por isto que já se disse que os "...heróis de Camões raramente parecem de carne; falta-lhes carácter e
paixões. São em geral estátuas processionais, solenes e impassíveis. Na resolução desta dificuldade de dar
dinâmica e caracteres ao seu poema, o Poeta encontrou a seu favor certas praxes greco-romanas do gênero
que lhe forneceram protótipos de uma intriga entre deuses apaixonados."

Linguagem
Em Camões a língua portuguesa assume  seu perfil nacional. O processo de "desgalização" da língua que
vinha ocorrendo no período anterior (1140-1350) se consolidará na época do poeta. Camões maneja com
habilidade e harmonia um idioma bem definido, capaz de expressar emoções e pensamentos nobres e
elevados.
Ao contrário do que defendem certos autores, não foi Camões que fixou o uso da língua portuguesa, mas o
padrão culto da mesma tal qual era empregado no século XVI. Isto não retira seu mérito, pois através de sua
obra o poeta transformou-se em paradigma indispensável àqueles que pretendem expressar-se através da
língua portuguesa.
Em Camões, a prosódia submete-se ao império da construção poética . Às vezes, o acento tônico é deslocado
para atender aos ditames da versificação. No Canto V a palavra "etiope" aparece duas vezes:-
(32) "Um etiope ousado se arremessa"
(62) "Posto que todos os etiopes erram"
Nos primeiro caso a sílaba tônica recai em "o", na segunda em "i" por necessidade
métrica, porque correspondem respectivamente a 4ª e 8ª sílabas de versos sáficos.
À época de Camões a ortografia não era uniforme. Assim, não há por que ater-se a
este aspecto da obra.
A morforlogia camoniana é basicamente a mesma de nossos dias. Entretanto, a
flexão verbal é vassilante. Assim, o poeta emprega o verbo "consumir" no presente
do indicativo com a grafia "consume" e não "consome".
(2) "E o mundo que com o tempo se consume"
Quanto à sintaxe, predomina a inversão:-
(8) "Eu sou aquele oculto e grande Cabo
A quem chamais vós outros Tormentório
Que nunca a Ptolomeu, Pompónio, Estrabo
Plínio e quantos passaram fui notório.
Aqui toda a Africana costa acabo
Neste meu nuca visto Promontório,
Que pera o Polo Antártico se estende,
A quem vossa ousadia tanto ofende."
Em ordem directa esta oitava ficaria mais ou menos assim:-
"Eu sou aquele grande Cabo oculto
A quem vós outros chamais Tormentório
Que nunca fui notório a Ptolomeu, Pompónio,
Estrabo, Plínio e quantos passaram.
Toda a costa Africana aqui acabo,
Neste meu nunca visto Promotório,
Que se estende para o Polo Antártico,
A quem vossa ousadia tanto ofende."
Camões emprega largamente os superlativos ao longo do poema:-
(39) "De disforme e grandíssima estatura"
(40) "De Rodes estranhíssimo Colosso"

Recursos Expressivos
Ao longo do poema épico, Camões lança mão de diversos recursos expressivos.(6) "Onde as aves no ventre o ferro gastam"
Através desta hipérbole, o poeta aumenta a capacidade natural das aves.
(37) "Porém já cinco sóis eram passados"
(42) "Da natureza e do úmido elemento"
Através destas metonímias, o autor quer referir-se ao tempo de cinco dias e cinco noites e ao mar (definido
pela sua qualidade).
(38) "Bramindo o negro mar de longe brada"
(43) "Fizer por estas ondas insofridas"
Através destas prosopopeias, o autor atribui o mar e às ondas atributos genuinamente humanos. Aliás,
"bramir" é sinônimo de "bradar", mas este vocábulo, que pode referir-se indistintamente ao barulho da
natureza e a voz humana, foi usado pelo autor no segundo sentido (não teria sentido ele referir-se ao barulho
das ondas duas vezes no mesmo verso).
(45) "Serei eterna e nova sepultura"
Através desta metáfora, o gigante Adamastor comunica como pretende dar fim a vida dos navegantes.
(42) "Pois vens ver os segredos escondidos
Da natureza e do úmido elemento
A nenhum grande humano concedidos"
Esta passagem é antitética. O gigante Adamastor pretende revelar aos navegantes segredos a nenhum
grande humano revelados. Ora, se os navegantes são humanos, ainda que grandes, não deveriam conhecer
os segredos!
(39) "Não acabava, quando uma figura (substantivo)
Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura (substantivo)
(40) "Tão grande era de membros que bem posso (verbo)
Certificar-se que este era o segundo
De Rodes estranhíssimo Colosso (substantivo)Como vimos anteriormente, as oitavas do poema épico em questão apresentam rimas abababcc. Acima
destacamos um exemplo de rimpobre e outro de rima rica .

Auto da Barca do Inferno

Gil Vicente


        Antes de mais nada, "auto" é uma designação genérica para peça, pequena representação teatral. Originário na Idade Média tinha de início caráter religioso; depois se tornou popular, para distração do povo. Foi Gil Vicente (1465-c. 1537) que introduziu esse tipo de teatro em Portugal.

        O "Auto da Barca do Inferno" (c. 1517) representa o juízo final católico de forma satírica e com forte apelo moral. O cenário é uma espécie de porto, onde se encontram duas barcas: uma com destino ao inferno, comandada pelo diabo, e a outra, com destino ao paraíso, comandada por um anjo. Ambos os comandantes aguardam os mortos, que são as almas que seguirão ao paraíso ou ao inferno.


                           Chegam os mortos

       
Os mortos começam a chegar. Um fidalgo é o primeiro. Ele representa a nobreza, e é condenado ao inferno por seus pecados, tirania e luxúria. O diabo ordena ao fidalgo que embarque. Este, arrogante, julga-se merecedor do paraíso, pois deixou muita gente rezando por ele. Recusado pelo anjo, encaminha-se, frustrado, para a barca do inferno; mas tenta convencer o diabo a deixá-lo rever sua amada, pois esta "sente muito" sua falta. O diabo destrói seu argumento, afirmando que ela o estava enganando.

       
Um agiota chega a seguir. Ele também é condenado ao inferno por ganância e avareza. Tenta convencer o anjo a ir para o céu, mas não consegue. Também pede ao diabo que o deixe voltar para pegar a riqueza que acumulou, mas é impedido e acaba na barca do inferno.

       
O terceiro indivíduo a chegar é o parvo (um tolo, ingênuo). O diabo tenta convencê-lo a entrar na barca do inferno; quando o parvo descobre qual é o destino dela, vai falar com o anjo. Este, agraciando-o por sua humildade, permite-lhe entrar na barca do céu.

                          O frade e a alcoviteira

       
A alma seguinte é a de um sapateiro, com todos os seus instrumentos de trabalho. Durante sua vida enganou muitas pessoas, e tenta enganar também o diabo. Como não consegue, recorre ao anjo, que o condena como alguém que roubou do povo.

       
O frade é o quinto a chegar... com sua amante. Chega cantarolando. Sente-se ofendido quando o diabo o convida a entrar na barca do inferno, pois, sendo representante religioso, crê que teria perdão. Foi, porém, condenado ao inferno por falso moralismo religioso. 

       
Brísida Vaz, feiticeira e alcoviteira, é recebida pelo diabo, que lhe diz que seu o maior bem são "seiscentos virgos postiços". Virgo é hímen, representa a virgindade. Compreendemos que essa mulher prostituiu muitas meninas virgens, e "postiço" nos faz acreditar que enganara seiscentos homens, dizendo que tais meninas eram virgens. Brísida Vaz tenta convencer o anjo a levá-la na barca do céu inutilmente. Ela é condenada por prostituição e feitiçaria.

                            De judeus e "cristãos novos"

       
A seguir, é a vez do judeu, que chega acompanhado por um bode. Encaminha-se direto ao diabo, pedindo para embarcar, mas até o diabo recusa-se a levá-lo. Ele tenta subornar o diabo, porém este, com a desculpa de não transportar bodes, o aconselha a procurar outra barca. O judeu fala então com o anjo, porém não consegue aproximar-se dele: é impedido, acusado de não aceitar o cristianismo. Por fim, o diabo aceita levar o judeu e seu bode, mas não dentro de sua barca, e, sim, rebocados. 

        Tal trecho faz-nos pensar em preconceito antissemita do autor, porém, para entendermos por que Gil Vicente deu tal tratamento a esse personagem, precisamos contextualizar a época em que o auto foi escrito. Durante o reinado de dom Manuel, de 1495-1521, muitos judeus foram expulsos de Portugal, e os que ficaram, tiveram que se converter ao cristianismo, sendo perseguidos e chamados de "cristãos novos". Ou seja, Gil Vicente segue, nesta obra, o espírito da época.

                       Representantes do judiciário

       
O corregedor e o procurador, representantes do judiciário, chegam, a seguir, trazendo livros e processos. Quando convidados pelo diabo para embarcarem, começam a tecer suas defesas e encaminham-se ao anjo. Na barca do céu, o anjo os impede de entrar: são condenados à barca do inferno por manipularem a justiça em benefício próprio. Ambos farão companhia à Brísida Vaz, revelando certa familiaridade com a cafetina - o que nos faz crer em trocas de serviços entre eles e ela...

        O próximo a chegar é o enforcado, que acredita ter perdão para seus pecados, pois em vida foi julgado e enforcado. Mas também é condenado a ir ao inferno por corrupção.

Por fim, chegam à barca quatro cavaleiros que lutaram e morreram defendendo o cristianismo. Estes são recebidos pelo anjo e perdoados imediatamente. 


                                  O bem e o mal

        Todos os personagens que têm como destino o inferno possuem algumas características comuns, chegam trazendo consigo objetos terrenos, representando seu apego à vida; por isso, tentam voltar. E os personagens a quem se oferece o céu são cristãos e puros. Você pode perceber que o mundo aqui ironizado pelo autor é maniqueísta: o bem e o mal, o bom e o ruim são metades de um mundo moral simplificado.

        O "Auto da Barca do Inferno" faz parte de uma trilogia (Autos da Barca "da Glória", "do Inferno" e "do Purgatório"). Escrito em versos de sete sílabas poéticas, possui apenas um ato, dividido em várias cenas. A linguagem entre os personagens é coloquial - e é através das falas que podemos classificar a condição social de cada um dos personagens.

                     Valores de duas épocas

       
Escrita na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a obra oscila entre os valores morais de duas épocas: ao mesmo tempo em que há uma severa crítica à sociedade, típica da Idade Moderna, a obra também está religiosamente voltada para a figura de Deus, o que é uma característica medieval.

        A sátira social é implacável e coloca em prática um lema, que é "rindo, corrigem-se os defeitos da sociedade". A obra tem, portanto, valor educativo muito forte. A sátira vicentina serve para nos mostrar, tocando nas feridas sociais de seu tempo, que havia um mundo melhor, em que todos eram melhores. Mas é um mundo perdido, infelizmente. Ou seja, a mensagem final, por trás dos risos, é um tanto pessimista.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Pequena Marcha Para Um Grande Amor
                                             Juca Chaves                 
               
A lua vai dormir encabulada
na passarela da madrugada
meus olhos vão sonhar sob a janela dos olhos dela, dos olhos dela.
Meu amor, de amor se esconde
se esconde aonde por teu não vê e o teu não vê não vê porque, meu amor não é segredo,
morre de medo do segredo que é você.
A lua vai dormir encabulada
na passarela da madrugada
meus olhos vão sonhar sob a janela dos olhos dela, dos olhos dela


Fonte: http://letras.mus.br/juca-chaves/369851/


Análise:
Na música “Pequena marcha para um grande amor” de Juca Chaves,podemos depreender que  o eu- lírico é masculino e a partir do nome da música,podemos perceber que é uma canção de amor .Na canção, ele fala de um amor em segredo, não revelado. Ele pensa em sonhar com a mulher amada, quando fala “Meus olhos vão sonhar sob a janela dos olhos dela”.
No trecho: “Meu amor de amor se esconde
                   Se esconde aonde por teu não vê e o teu não vê não vê porque, meu amor                                                 não é segredo,
        morre de medo do segredo que é você.”

 Refere-se ao segredo da própria mulher, ele esconde esse amor por medo da sua reação e como ele não a conhece, teme pelo seu jeito de ser.





segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Hagiografia


Hagiografia de  Santa Mariana

 

Também conhecida como Santa Mariana de Paredes e Santa Mariana de Quito
Nasceu em Quito em 31 de Outubro de 1618 .Filha de Don Girolando Flores Zenel de Paredes ,um nobre de Toledo e D. Mariana Cranobles de Xaramilo. Diz a tradição que o seu nascimento teria sido acompanhado de um fenômeno celestial incomum. Ela ficou órfã muito nova e foi criada pela irmã mais velha e seu cunhado. Mariana era um jovem piedosa com um forte devoção a Maria. Ela foi milagrosamente salva da morte várias vezes .
Atraída para a vida religiosa aos 10 anos fez os votos de pobreza, castidade e obediência. Ela inicialmente desejava ser uma freira Dominicana, mas em vez disto se tornou uma eremita na casa de sua irmã e sua vida mudou a tal ponto que exceto a para ir a igreja, não saia de casa. Dada a forte e severa austeridade ela pouco dormia, orava horas a noite, só comia 250 gramas de pão seco ao dia e as vezes ficava até oito dias sem comer nada, se alimentando somente da Eucaristia, a qual recebia diariamente, na Comunhão.
Entrava em êxtases e tinha o dom da profecia, via a distancia, lia mentes e corações, curava vários doentes apenas com o Sinal da Cruz ou com um pequeno respingo de água benta e pelo menos uma vez ela trouxe uma pessoa de volta a vida.
Durante os terremotos de 1645 e as enevitáveis epidemias em Quito ela publicamente em oração, se ofereceu como vitima para a cidade e morreu logo após. Imediatamente após sua morte nasceram lírios brancos de seu sangue e as epidemias desapareceram milagrosamente. A Republica do Equador a declarou oficialmente " heroina nacional".
Ela faleceu em 26 de maio de 1645 e foi beatificada em 10 de novembro de 1853 pelo Papa Pio IX e foi canonizada em 1950 pelo Papa Pio XII
É padroeira dos órfãos e pessoas doentes e é a padroeira de Quito.
Sua festa é celebrada no dia 26 de maio.